quinta-feira, setembro 14, 2006

Burros há muitos, mas estes estão em extinção

No passado domingo dia 10 de Setembro visitei a Feira de burros do Azinhoso, organizada pela AEPGA - Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino.

A freguesia do Azinhoso, que pertence ao concelho de Mogadouro, foi vila e sede de concelho entre 1386 e o início do século XIX.


No concelho de Mogadouro, as feiras sempre tiveram um enorme impacto, nomeadamente a Feira Anual do Azinhoso, cuja frequência era obrigatória para a maioria da população nordestina, tendo por isso uma influência não só de concelhia mas tam
bém regional, com principal relevância para os concelhos circundantes. O burro era a personagem principal desta feira.


A Feira do Azinhoso foi instituida por El-Rei D. Dinis aquando da sua visita ao santuário da Nossa Sra. do Carrasco ou Nossa Sra. do Azinhoso, decorria o ano de 1287 quando, segundo reza a história a aclamada visita régia presenteou a pacata pop
ulação da freguesia de Azinhoso. Esta era caracterizada pela mostra e comércio de gado asinino e equino. Nas vésperas da feira começavam a chegar de todos os lados grupos de burricos, cavalos e mulas que pernoitavam em currais e curraladas locais.

A Feira Anual do Azinhoso foi revitalizada em 2004 pela AEPGA em conjunto com a Junta de Freguesia de Azinhoso e a população local, procurando recuperar as tradições, e.g. a gincana de burros, e promover e incentivar a preservação da raça asinina de Miranda, actualmente em vias de extinção. Esta feira realiza-se durante as festas da
Nossa Sra. da Natividade no segundo domingo de Setembro.

Este ano pretendeu-se recuperar a tradição da romaria com destino à Feira do Azinhoso. Para tal organizou-se um passeio de burro de médio curso em volta da aldeia de Azinhoso.


Os presentes criadores/proprietários de burros da raça asinina de Miranda são a população local, que valoriza um recurso único da região e do país, com grande importância a nível sócio-cultural, ecológico, económico e do património genético. O contacto sistemático da Associação com os criadores/proprietários tem permitido observar um animador acréscimo de novos exemplares com as características morfológicas típica
s da raça. No entanto, face à situação actual e devido à existência de inúmeras contrariedades, tais como:


1) o envelhecimento da população humana nas aldeias do Nordeste Transmontano;

2) o facto de a maioria dos exemplares com as caract
erísticas mais representativas do padrão definido para a raça asinina de Miranda, se encontrar com uma idade demasiado avançada para procriar, e.g. fêmeas com 15 anos ou mais;


3) e o facto de em 2006 terem sido suspensos os pagamentos das medidas agro-ambientais, contexto em que se insere a raça autóctone dos asininos de Miranda, continua a ser necessária a ajuda e o empenhamento de todos nós, para salvar da extinção este recurso único no mundo.



Todos sabemos que os burros estão em vias de extinção, o que poucos sabemos é que existe esta associação criada por jovens veterinários e outros voluntários com o objectivo de proteger esta espécie.


O que leva estes jovens a deixar a comudidade de suas casas e a partir rumo a uma iniciativa deste género, onde as ajudas são poucas e o trabalho
é muito?

A verdade é que ela existe e "vai de vento em poupa" - Felizmente.

No decorrer desta feira fui convidado a montar um exemplar desta espécie e passear pela aldeia. Montado no Rumba, um burro macho, castanho, c
astrado pertencente à associação, pude usufruir da beleza da ruralidade e tradição do Azinhoso. A simpatia dos aldeãos cativa qualquel pessoa. O sorriso por estarem em tal iniciativa a exibir o seu jumentinho de trabalho e de estimação rebentava no rosto de todos.

Por sorte ainda me foi oferecida uma recordação de participação: uma albarda com os respectivos alforges laterais, tal como manda a tradição.


Quem tiver curiosidade em saber um pouco mais acerca desta iniciativa pode consultar o site: www.aepga.pt






Deixo-vos algumas fotografias:

























































































Trancoso - Portas D'el Rei

Na tarde do passado dia 3 de Setembro, durante a viagem de autocarro para Macedo de Cavaleiros, tive a feliz oportunidade de estar parado durante alguns minutos no centro de Trancoso, mesmo em frente às Portas D’el Rei.

Ao olhar pela janela do autocarro dei com os meus olhos presos a uma elegante construção arquitectónica, verdadeiro exemplar de património ainda sobrevivente. Não pude perder a oportunidade de pegar na máquina fotográfica e registar tal beldade.

Trancoso encontra-se hoje rodeada de muralhas, da época dinisiana, com um belo castelo também medieval, a coroar este majestoso conjunto fortificado. Com os seus numerosos monumentos, de arquitectura civil e religiosa, constitui um dos mais expressivos e belos centros Históricos do país, visitado anualmente por milhares de pessoas. Destacam-se, entre todos, as igrejas paroquiais de Santa Maria e de S. Pedro, a Casa dos Arcos, do séc. XVI, a Igreja da Misericórdia, a Casa do Gato Preto, um curioso edifício do antigo bairro judaico e o Pelourinho, bela peça do mais puro estilo manuelino. Não esquecendo a antiguidade Trancoso mantêm traços medievais no centro histórico quase inalteráveis, sendo no exterior um meio urbano já moderno e planeado. Nesta Cidade nasceu também o Profeta e Sapateiro Gonçalo Annes Bandarra cujo túmulo se encontra numa das igrejas da cidade, travaram-se importantes batalhas entre as quais a Batalha de São Marcos num planalto a escassos quilómetros do centro histórico em 1385 que impôs pesada derrota às tropas invasoras e que foi uma anímica importantíssima para a Batalha de Aljubarrota.


Trancoso é hoje um pólo económico e social de elevada importância na região e que acompanhado pela sua hospitalidade merece, sem duvida, uma visita.

Um pouco da história do povoamento de Trancoso:

O povoamento em Trancoso terá começado no século XIX A.C.. A comprová-lo a existência de um primitivo castro pastoril, posteriormente defensivo, provavelmente situado no mesmo local onde mais tarde se havia de erguer o castelo. Em 301 A. C. chegam os invasores romanos, aproveitam e ampliam o castro, dada a sua posição estratégica, o que lhes permitiu uma permanência bastante demorada, até ao ano 409 da nossa era (século V A.C.).Existem 2 hipóteses sobre as origens de Trancoso:

- Túrdulos.

- Um enviado da Etiópia e do Egipto, de seu nome Tarracon.

Da segunda hipótese terá resultado o nome de Trancoso: Tarracon - Taroncon – Trancoso.

Outros falam que o nome de Trancoso terá resultado do vocábulo arcaico Troncoso, derivado do sítio onde existem muitos troncos ou florestas (Trancoso, nos seus primórdios, estava rodeada de densas florestas e ainda hoje é viveiro de árvores de grande porte).O nome só aparece documentado pela primeira vez no século X no testamento de D. Chamoa (ou D. Flâmula ou D. Chama), filha do conde D. Rodrigo, com doação do castelo e dos bens que aqui detinha, uma vez que estava na posse de toda a região a sul do Douro, herdada em 960.Antes dos romanos estiveram em Trancoso os cartagineses que permaneceram por 300 anos. Seguiram-se os romanos e nesta altura fizeram-se grandes obras.

Trancoso, no século XIII, começa a ter uma importância grande. Tornara-se um local de intensa actividade comercial, por força da periódica reunião de feirantes, de que iria resultar, ainda nesse século, por decisão de D. Afonso III, a criação da sua feira franca. Essa mesma importância, que, como referimos, lhe vinha desde o tempo de D. Afonso Henriques, para quem a sua conquista representava uma acção fundamental para a fixação do território até aí subtraído aos mouros, atribuindo o direito de foral à dita terra, com todos os privilégios e regalias. Deste documento ignora-se a data, mas é em 1217 que D. Afonso II, neto daquele monarca, também por carta régia, confirma tais privilégios e regalias.

Em 1270, D. Afonso III cede por 600 libras anuais os seus direitos sobre Trancoso, o que mostra, com evidência, o valor já assumido pela povoação.

É, porém, com a escolha de Trancoso para lugar do seu casamento com D. Isabel de Aragão, que D. Dinis confirmará a importância assumida por esta terra na era de Duzentos. Depois do famoso enlace das duas régias figuras, em 1282, que trouxe à região trancosana centenas de componentes das duas comitivas e que nela permaneceram por mais de sessenta dias, jamais a Vila de Trancoso deixou de crescer em prestígio e grandeza. É também o próprio rei, que a elegera para palco do seu real casamento, quem vai lançar as bases do grande povoado em que haveria de tornar-se, mercê dessas atenções e dos muitos mais privilégios concedidos por este e outros monarcas.

Contudo, são os séc. XVII, XVIII e XIX que nos permitem falar sobre uma transformação arquitectónica, sob os pontos de vista de construção e de arte, quer nos edifícios civis, quer nos religiosos. Aliás, basta percorrer a Vila, no espaço intramuros e observar a aplicação dos estilos maneirista e barroco em tantas das suas edificações. São disso exemplo, construções como as igrejas de Santa Maria e de S. Pedro e a Misericórdia, também. O solar dos Garcês, o conhecido palácio Ducal, antiga residência dos Viscondes de Trancoso e a Casa do Arcos, ao lado da igreja paroquial de S. Pedro. Curiosamente, a volumetria não se equaciona com o porte em altura, o que nos leva a concluir, definitivamente, que sempre houve um nivelamento que caracterizou a malha urbana que não o enriqueceu com sumptuosidade e esplendor de alguns outros Centros Históricos conhecidos, mas que lhe permite valorizar a unidade dos seu conjunto, apenas pontuado, portanto, aqui e além, por um edifício de maior dimensão, o que, em contrapartida, valoriza o antiquíssimo burgo trancosense.

Cronologia


900
– Nesta centúria, em ano não fixado, o nome de Trancoso aparece num documento coevo, o testamento de D. Chamôa (D. Flâmula), fil

ha do conde D. Rodrigo, que era senhora de toda a região a sul do Douro.

1059 – Trancoso, com muitos outros castelos vizinhos, é libertado do poder dos árabes, depois de várias vicissitudes e durante a

s lutas entre estes e os cristãos, comandados por D. Fernando I «O Magno» de Leão.

1148 – Por Bula de 8 de Setembro, o Papa Eugénio III confirma ao Arcebispo de Braga, D. João Peculiar, a posse, entre outras terras,

do território de Trancoso.

1160 – D. Afonso Henriques desbarata uma nova invasão árabe e reconquista definitivamente o castelo de Trancoso, que recebe as mais importantes obras até então, prosseguidas por D. Sancho I, depois da mort

e de seu pai. Pertenceu à Ordem do Templo, pelo que ficou conhecido por castelo dos Templários.

1198 – O alcaide de Trancoso toma p

arte no célebre combate de Ervas Tenras, contra os leoneses.

1217 – D. Afonso II confirma o foral de Trancoso, dado por D. Afonso Henriques em ano não preciso.

1270 – D. Afonso III cede por 600 libras

anuais os seus direitos em Trancoso.

1282 – Casa nesta Vila o Rei D. Dinis com a princesa D. Isabel de Aragão, mais tarde, Rainha Santa, a quem o régio marido doa o senhorio desses domínios.

1297 – D. Dinís visita uma vez mai

s Trancoso, para assistir às obras de ampliação da muralha da vila e da reconstrução do castelo.

1306 – O mesmo soberano concede a

Trancoso o direito de mudança da sua feira franca, instituída por seu pai, D. Afonso III, para a periodicidade mensal, em vez de anual e com a duração de três dias.

1364 – Os judeus de Trancoso apresent

am queixa a D. Pedro I sobre as arbitrariedades cometidas contra eles pelos cavaleiros que a visitavam, aboletando-se nas suas casa sem pagar. Nesse tempo, o aluguer de casas, durante a feira, rendia tanto como no ano inteiro.

1385 – A 29 de Maio, trava-se a Batalha de S. Marcos (Trancoso), entre as forças portuguesas e castelhanas. As primeiras eram constituídas por elementos de Trancoso, Celorico da Beira, Linhares, e Ferreira de Aves, s

ob o comando do Alcaide Gonçalo Vasques Coutinho. A vitória coube aos nossos guerreiros e tornou-se um sério aviso a D. João I de Castela, pretendente ao trono de Portugal.

1391 – D. João I, por carta régia de 12 de Janeiro, confirma os foros, privilégios e liberdades de Trancoso.

1441 – O Regente D. Pedro enc

arrega D. Fernando Vasques Coutinho, seu alcaide-mor, de importantes obras no castelo de Trancoso.

1496 – Data mais provável do na

scimento do profeta-sapateiro, Gonçalo Anes Bandarra, autor das famosas «Trovas», que correram o mundo.

1510 – A 1 de Junho, D. Manuel

concede Foral Novo a Trancoso.

1530 – O infante D. Fernando, filho de D. João III, por casamento de D. Guiomar Coutinho, herdeira dos senhorios de Trancoso, é designado Alcaide desta Vila.

1534 – Por morte do infante, Tranco

so passa para os bens da coroa.

1543 – Os judeus de Trancoso sofrem grande perseguição, depois de terem ampliado a sua comunidade, com a vinda, no ano de 14

81, de numerosos refugiados de Castela, expulsos pelos reis católicos.

1546 – D. João de Mascarenhas é nomeado Alcaide de Trancoso.

1550 – Nasce em Trancoso o jesuíta João de Lucena, autor de uma obra sobre a vida de S. Francisco Xavier.

1550 – Presume-se que também

tenha sido o ano de nascimento de Gonçalo Fernandes Trancoso, o célebre contista português.

1556 - Ano provável da morte de Gonçalo Anes «Bandarra»», o famoso sapateiro-profeta, que tem o seu túmulo na Igreja de S. Pedro, desta Vila. Neste mesmo ano começa a construção da Fonte Nova, monumento de grande beleza, ainda hoje muito bem conservado.

1640 – Há na vila grandes festejos

pela restauração da Independência de Portugal e, a partir de então, as gentes de Trancoso participam activamente nas lutas contra os castelhanos, que não aceitam esse facto e desencadeiam uma guerra extensa, só concluída no reinado de D. Pedro II.

1704 – Trancoso toma igualmente parte activa na guerra da sucessão e o exército do Marquês das Minas vem abastecer-se à vila.

1768 – A Inquisição proíbe as Tro

vas do Bandarra e manda picar a inscrição do se túmulo.

1808 – Tropas francesas, que invadiram Portugal, chegam a Trancoso, sendo expulsas mais tarde.

1810 – O General Beresford, comandante dos exércitos anglo-portugueses que combatem os invasores franceses, sob a chefia de Ma

ssena, general de Napoleão Bonaparte, estabelece um quartel general em Trancoso, cujo edifício ainda hoje existe. Aquele oficial inglês foi, depois, agraciado com o título de Conde de Trancoso.

1820 – A maioria da população de Trancoso adere à Revolução Liberal.

1838 – É extinto o Convento de Sa

nto António, dos Frades Franciscanos.

1842 – A Câmara Municipal de Trancoso jura a Carta Constitucional.

1850 – É construído, no interior do Castelo, o Teatro de Santa Bárbara, demolido nos anos quarenta deste século.

1861 – Aparece o primeiro jornal

de Trancoso - «O Magriço».

1917 – Conclusão das obras dos actuais Paços do Concelho.

1918 – A epidemia conhecida pela «pneumónica» atinge duramente Trancoso.

2004 - Em 9 de Dezembro a Vila de Trancoso é elevada à categoria de Cidade



Para saber mais acerca de Trancoso: www.trancoso.pt.vu



Deixo, seguidamente, a imagem do monumento que me fez sair do autocarro para disparar uma fotografia. Espero que apreciem este testemunho histórico e a monumentalidade de tal evidência.


















Eis uma nova geração - irá ser assim que futuramente o nosso mundo será governado...









































































































































































































































































































E ASSIM SERÁ O NOSSO FUTURO... SERÁ BOM??? POIS, NÃO SEI...

sexta-feira, setembro 08, 2006

Arquelogia: uma diversidade de sintonias - Carta de amor

Olá meus amigos e minhas amigas, boa tarde a todos.

Desta vez, e para não variar, vou dedicar este post à Arqueologia portuguesa.

Quem me conhece sabe o amor que tenho por esta "senhora". É um amor verdadeiro e dedicado, apenas tenho pena de não lhe conseguir dedicar todo o meu tempo e toda a minha vida. Mas outro amor maior merece mais...

A Arqueologia é, como nos ensinam na faculdade, uma ciência. Contudo, a visão pessoal que aqui vou deixar não nos é transmitida nos bancos da universidade, mas quem conhece esta minha amada talvez sinta, ou venha a sentir, o mesmo que eu.


Na verdade este meu amor já tem muitos anos de idade, mas também nunca ninguém disse que o amor mede idades. Só recentemente comecei a viver mais de perto com ela e confesso que em nada estou arrependido. Cada dia que passa me sinto mais correspondido neste amor. É, de facto, indescritível. No meio de todas as aventuras que temos vivido juntos, eu e ela, temo-nos dado a conhecer um ao outro. Ao conversarmos apercebi-me de uma coisa fantástica que nunca antes tivera conhecimento, nomeadamente na primeira pessoa, é que ela proporciona a todos os seus amantes uma enorme sintonia com a Natureza. Poucos nos podemos vangloriar de tal oportunidade. Poder contribuir para o avanço do conhecimento no meio da Natureza é uma daquelas coisas que nos alimenta a mente. Mesmo sabendo que grande parte do trabalho é feito em gabinete também é muito aquele que é executado in loco, no campo.

Por montes e vales, museus e bibliotecas lá anda ela. É uma vadia. E eu, para não fugir ao amor, tento ao máximo persegui-la, mas ás vezes o tempo é tão pouco que apenas me limito a escrever-lhe cartas. Como esta.

É uma carta simples, mas ela sabe o sentimento verdadeiro com que a escrevo e lha dedico.

Querida Arqueologia, um beijo para ti.

Quero ser um Televisor

A professora do ensino básico Ana Maria pediu aos alunos que fizessem uma redacção sobre o que gostariam que Deus fizesse por eles.

Ao fim da tarde, quando corrigia as redacções, leu uma que a deixou muito emocionada.

O marido, que, nesse momento, acabava de entrar, viu-a a chorar e perguntou:

"O que é que aconteceu?"

Ela respondeu: "Lê isto." Era a redacção de um aluno.


"Senhor, esta noite peço-te algo especial: transforma-me num televisor.

Quero ocupar o lugar dela. Viver como vive a TV da minha casa. Ter um lugar especial para mim, e reunir a minha família à volta....

Ser levado a sério quando falo... Quero ser o centro das atenções e ser escutado sem interrupções nem perguntas.

Quero receber o mesmo cuidado especial que a TV recebe quando não funciona.
E ter a companhia do meu pai quando ele chega em casa, mesmo quando está cansado.

E que a minha mãe me procure quando estiver sozinha e aborrecida, em vez de me ignorar. E ainda que os meus irmãos se peguem para estar comigo.

Quero sentir que a minha família deixa tudo de lado, de vez em quando, para passar alguns momentos comigo.

E, por fim, faz com que eu possa diverti-los a todos.

Senhor, não te peço muito...

Só quero viver o que vive qualquer televisor!"



Naquele momento o marido de Ana Maria disse: "Meu Deus, coitado desse miúdo! Que pais"!


Ela olhou-o e respondeu: "Essa redacção é do nosso filho".


PS: Talvez valha a pena ler outra vez...


Cumprimentos mui cordiais para todos os leitores deste Blog.